Milão sob um guarda-chuva


Passei um dia e meio em Milão e foram dias de muita chuva. É impossível se planejar quanto a isso e quando calha de só chover na cidade pra onde se viajou, o que resta é se conformar e fazer os passeios que forem possíveis.

Eu não tive tempo de planejar muito essa viagem. Só tinha como certo ver a Última Ceia, o Duomo e comer um panzerotti.

Chegamos de trem na estação principal da cidade e depois de deixar as malas no hotel pegamos um metrô pra estação do Duomo.


A Catedral de Milão é uma das mais bonitas que eu já vi. É grande e imponente. E eu me lembro muito bem da visão que tive do começo daquela bonita praça lotada de turistas, pombos e vendedores de milho. Passei um longo tempo verificando os pináculos, a Madonina no topo, o interior e todas aquelas coisas que ouvia na faculdade nas aulas de arquitetura gótica. A ideia de subir no telhado do Duomo também subiu o telhado por causa da chuva :P E o jeito foi buscar abrigo na Galeria Vittorio Emanuele e na La Rinascente, que ficam bem próximas.


A Galeria Vittorio Emanuele é uma galeria de lojas (do tipo Prada e Gucci) e restaurantes que liga a Piazza del Duomo (onde fica a Catedral) à Piazza della Scala (do famoso Teatro Scala). Lá mesmo, num espaço fechado no fim da Galeria, estava tendo uma exposição de invenções do Leonardo da Vinci.



Próxima à Galeria, existe uma loja de departamentos chama La Rinascente, que era referência de Moda em Milão no século 20. Hoje, a loja de sete andares, que é reformada, se assemelha muito às lojas de departamento de outras cidades, com roupas de marcas italianas (Dolce & Gabbana, Armani, etc.) e internacionais, coisas pra casa, cosméticos e afins. O que eu mais gostei lá foi o subsolo, onde fica o design market, com coisas de papelaria e pequenos objetos. Também achei que valeu a pena conhecer o último andar, que reúne o food market e alguns restaurantes. Lá conheci o De Santis, um restaurante de panini que certamente voltaria, e que tem várias filiais na cidade (com restaurantes de rua).

Também nas proximidades, fica o famoso Luini, um lugar bem pequeno que vende o panzerotto (ou os panzerotti), que é tipo uma pizza frita grande, com recheio de mozzarella e pomodoro (o clássico) e outros sabores. A fila era grande mas andava rápido, e o lugar não tem mesas ou bancos, então sentamos na calçada mesmo.

Sobre a Última Ceia, do Leonardo da Vinci, eu também tinha acabado de estudar sobre Renascimento e fiquei empolgada com a possibilidade de ver o original em Milão. É uma das imagens mais famosas da história e foi pintada por Da Vinci numa parede do antigo refeitório do convento Santa Maria delle Grazie. A logística pra comprar ingressos e ver o afresco não foi muito simples. Isso porque a visita é controlada (cerca de 25 pessoas por vez) e os ingressos se esgotam com muita rapidez. Comprei o ingresso com cerca de três meses de antecedência, como é recomendado, pelo skype, já que a cota de ingressos vendidos pela internet já tinha se esgotado.

E isso é praticamente tudo o que fiz em Milão. Lembro de ter achado Milão bastante diferente das outras cidades italianas que visitei antes, até mais parecida com Paris do que com Roma! A chuva dificultou um pouco o passeio mesmo. Quer dizer, não subi no Duomo, não conheci o Castelo Sforzesco e o Parque Sempione ou passeei pelos bairros de Brera e Navigli. Mas nada que não se possa deixar registrado pra uma próxima vez :)


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@tmlaura

Sobre o blog

We travel not to escape life, but for life not to escape us.

Fiz esse blog para que eu possa escrever sobre os lugares que já visitei e que, por algum motivo, quero guardar na memória. Para que um dia, se eu voltar, possa revisitá-los, lembrar dos endereços, de alguns "achados", algumas facilidades e também para compartilhar essas dicas com quem possa se interessar.

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p.s: A maior parte das fotografias desse blog foram tiradas por mim. Quando não, estão linkadas para o seu lugar de origem.

A autora


Laura Marins
colecionadora de histórias, lugares, memórias, bugingangas, utilidades, gulodices e andanças